Meu coração tem catedrais imensas,
Templos de priscas e longínquas datas,
Onde um nume de amor em serenatas,
Canta a aleluia virginal das crenças.
Na ogiva fúlgida e nas colunatas
Vertem lustrais irradiações intensas
Cintilações de lâmpadas suspensas
E as ametistas e os florões e as pratas.
Como os velhos Templários medievais
Entrei um dia nessas catedrais
E nesses templos claros e risonhos…
E erquendo os gládios e brandindo as hastes
No desespêro dos iconoclastas,
Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!
(Augusto os Anjos)
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