terça-feira, 14 de julho de 2009

Vandalismo

Meu coração tem catedrais imensas,
Templos de priscas e longínquas datas,
Onde um nume de amor em serenatas,
Canta a aleluia virginal das crenças.

Na ogiva fúlgida e nas colunatas
Vertem lustrais irradiações intensas
Cintilações de lâmpadas suspensas
E as ametistas e os florões e as pratas.

Como os velhos Templários medievais
Entrei um dia nessas catedrais
E nesses templos claros e risonhos…

E erquendo os gládios e brandindo as hastes
No desespêro dos iconoclastas,
Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!

(Augusto os Anjos)

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